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sábado, 10 de outubro de 2009

Alfredo di Napoli: um chef particular

É como nos sentimos almoçando no Alfredo di Napoli. Com um chef particular e à nossa disposição!


Já estávamos há muito tempo querendo conhecer o Alfredo. Foi primeiro indicado pelo chef do Restaurante Madalena, de São Bernardo, e depois, lemos muitas coisas maravilhosas e curiosas a respeito desse lugar inusitado.

Para começar, fazer reserva é fundamental! O Alfredo di Napoli só abre mediante reservas mesmo que seja apenas para uma uma pessoa.

Não há um cardápio fixo. O prato principal é escolhido na reserva. Se for com antecedência, pode-se escolher quase qualquer coisa... A forte tradição da casa é a grande quantidade de diferentes entradas.

Quando fizemos a reserva, ele perguntou o que gostaríamos de comer. Escolhemos massa! Ele imediatamente falou no ravióli com polpetone. Tamanha foi a propaganda dos atributos da massa, que não deu tempo de pensar em outra sugestão. Já estávamos convencidos!

O Sr. Alfredo, um italiano muito falante, nos recebeu com uma grande simpatia em seu restaurante, ou melhor, seu atelier gastronômico, como ele mesmo define. Uma casa pequena, com cerca de 4 mesas, repleta de obras de arte, antiguidades e enfeites curiosos. Tudo feito por ele mesmo, que é um artista plástico! Quando perguntamos como surgiu o gosto pela gastronomia, ele nos respondeu que faz por hobby e por prazer.

Nos mostrou a cozinha (muito simples, nada daquelas cozinhas profissionais), nos apresentou seu filho, que já se enveredou no mundo da gastronomia... Enfim, impossível imaginar ali, naquele momento que dali sairiam pratos deliciosos!

Espetinhos de linguiça com queijo

Azeitonas variadas
Começou a nos servir entradas... Uma melhor que a outra... E não parava mais! Todas muito saborosas, bem preparadas, bem temperadas e com ingredientes muito frescos! Todas explicadas sem nenhuma modéstia pelo Alfredo, que espera para confirmar que gostamos. E adoramos!

Escondidinho de bacalhau com creme de mandioquinha
Escondidinho de bacalhau em creme de mandioquinha, pão italiano e azeitonas deliciosamente temperadas. Detalhe: o escondidinho de bacalhau não fazia parte das entradas. Ele havia feito para ele e a família almoçarem, mas acabou nos oferecendo... Espetacular!

Pasteizinhos de queijo brie e carne com molho de tomate
Brusquetas de tomate, manjericão e alho (essa entrada ele entregou na nossa mão e devoramos. A foto? Bom, não deu tempo!)

Panzerotti com massa de batata com queijo de queijo e casca crocante
E o panzzerotti: massa de batata com recheio de queijo e casca crocante – para nós, a melhor!

Polpetone
Foi também servido o polpetone como primeiro prato. Maravilhoso, com casquinha crocante, que ele nem ousou em revelar o segredo quando perguntamos. Com zero de modéstia, o Alfredo disse que o polpetone dele é o melhor. E era, sem sombra de dúvida!

Ravióli de carne ao molho sugo
Quando o segundo prato principal finalmente chegou, foi difícil encontrar espaço para ele - ravióli de carne com molho ao sugo. O manjericão foi colhido na hora em sua pequena horta, que fica - pasmem - na porta do restaurante!


O ambiente 
Durante o almoço, o bate papo rolava solto. Nesse bate papo o Sr. Alfredo nos disse que assim que telefonamos, ele começou a preparar a massa e preparar a mise en place para deixar tudo pronto. Para isso, ele não nos pediu nenhuma garantia de que realmente iríamos. Daí pensamos que a coisa acontece mesmo na base da confiança. Mas já pensou se o cliente dá o cano?

Depois do banquete, pedimos a conta, e para a nossa surpresa...


... a conta veio acondicionada em uma caixinha de música! Ela veio enrolada e uma espécie de pergaminho e com uma caneta personalizada com o nome do restaurante. Em baixo da caixinha, havia uma calculadora (que não fotografamos), que rapidamente foi justificado delicadamente pelo chef, que era para facilitar o cálculo na hora de dividir a conta!

Por fim, o Sr. Alfredo nos acompanhou até a porta, nos despedimos, fomos embora e ele também, afinal, o restaurante abriu somente por nossa causa!

O Restaurante Alfredo Di Napoli fica na
R. André Vidal de Negreiros, nº 161 (Praça Rebouças), Ponta da Praia, Santos, SP
Fones (13) 3261-4107 / 3261-8056 / 9709-5876.

sábado, 3 de outubro de 2009

Ora, amoras...



Em uma bela e inspiradora tarde de outubro, chegando do almoço, resolvemos caminhar pelo quintal do prédio em que moramos e nos deparamos com a amoreira carregada e os frutos caindo de maduros!

Serviu para algumas reflexões sobre uma globalização que já existia muito antes de sabermos que bicho era esse!

A globalização que nos faz preferir hambúrguer a feijão com arroz, que nos faz preferir maçãs e peras a jabuticabas ou pitangas. A globalização que nos torna cada vez mais iguais, que deixa cada vez mais difícil encontrar comidas regionais em qualquer lugar que se vá.

Somos o país da biodiversidade, como já dizia Vaz de Caminha, “em se plantando tudo dá”. Por que temos tão poucas opções no dia-a-dia? Por que comemos sempre as mesmas frutas? Até mesmo em um hotel, o que seve no buffet do café da manhã? Papaias, melancias, abacaxis... É muita falta de criatividade, tanta falta de diversidade...

Quantas frutas “exóticas” ou “do mato” deliciosas brotam nos quintais em qualquer cidade brasileira? As calçadas de nosso bairro têm amoreiras, pitangueiras, bananeiras, nespereiras (no meu tempo chamadas de ameixas)...

A amora nem tem origem brasileira, mas faz parte das frutas que se dão bem em qualquer lugar, são deliciosas, e hoje não serão desprezadas!

Vamos então aproveitar nossas amoras, oras!

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